CartaExpressa

Deltan ironizou foto de Lula em denúncia do PowerPoint

Procurador, no entanto, foi contrário ao uso da imagem do ex-presidente; ele preferia o nome

Dallagnol
Deltan Dallagnol, pré-candidato a deputado federal pelo Paraná. Foto: Evaristo Sá/AFP Deltan Dallagnol. Foto: Evaristo SA/AFP
Apoie Siga-nos no

A primeira denúncia da operação Lava Jato contra o ex-presidente Lula, que envolveu a apresentação em um PowerPoint, gerou uma discussão entre procuradores sobre o uso da foto do petista ou não. A informação é do UOL.

De acordo com mensagens, obtidas a partir de arquivo apreendido com hackers pela Polícia Federal em 2019, Deltan Dallagnol foi contra o uso da imagem de Lula.

 

Em 13 de setembro de 2016, o coordenador da força-tarefa escreveu: “melhor não usarmos a imagem do Lula, mas um quadrado escrito LULA simplesmente”. “Ou uma imagem de pessoa como as demais do gráfico, e embaixo LULA. Tá ficando shou“, disse.

No dia seguinte, a denúncia contra Lula, a respeito do tríplex no Guarujá, foi apresentada à imprensa. Na ocasião, Dallagnol afirmou que o petista seria “o comandante máximo” de esquemas de corrupção.

Um interlocutor identificado como “Douglas Prpr”, no 13 de setembro, disse que durante a criação do gráfico a foto fora incluída como uma brincadeira “só para tirar onda”. “Já falei que não podemos deixar.”

Na sequência, Dallagnol respondeu com”kkk”. Após a apresentação da denúncia, Douglas escreveu: “as bolinhas fizeram sucesso…” e Deltan respondeu com um novo “kkk”.

Deltan apresenta a denúncia contra Lula em 2016. Foto: Reprodução

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar