Democracia não se negocia e manifestações autoritárias têm de ser rechaçadas, diz Pacheco

Após encontro com governadores, o presidente do Senado afirmou que 'nosso inimigo é o preço do feijão e da gasolina'

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Pedro França/Agência Senado

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta sexta-feira 2 que “não se negocia democracia”. Após reunião com governadores em Brasília, ele também declarou que democracia e Estado Democrático de Direito são conceitos e valores já assimilados pela sociedade brasileira, “de modo que estaremos sempre unidos nesse propósito”.

Ao lado de alguns governadores, como Ibaneis Rocha (DF), Wellington Dias (PI) e Hélder Barbalho (PA), Pacheco ainda argumentou que o diálogo é um “pilar” da democracia e não deve ser interrompido pelos Poderes e pelas instituições. O senador cobrou “maturidade” para enfrentar os desafios concretos que se apresentam ao País.

“Há um sentimento geral de que, a despeito de divergências, temos problemas para ontem. Nosso inimigo não está entre nós. Nosso inimigo é o preço do feijão, o preço da gasolina, da luz elétrica, dos alimentos em geral. Precisamos discutir isso no Brasil, não perder tempo com aquilo que não convém”, afirmou.

Questionado sobre os atos bolsonaristas de 7 de setembro, marcados por pautas antidemocráticas e ataques ao Poder Judiciário, Pacheco declarou que manifestações são “o que há de mais bonito da democracia”, mas disse ser “um contrassenso alguém defender retrocesso democrático se manifestando, porque a manifestação é própria da democracia”.

“Obviamente que pontos de manifestação que visem retroceder democracia, não ter eleições, ter algum tipo de intervenção ou autoritarismo, isso tem de ser rechaçado, porque não é democrático, nem patriótico. Mas as manifestações são muito bem-vindas. Espero que todas as manifestações de 7 de setembro sejam cívicas”, completou.


 

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