Deputado goiano admite doações para acampamentos golpistas e desafia: ‘Mandem me prender’

Na tribuna da Assembleia Legislativa, Amauri Ribeiro afirmou que, além do dinheiro, forneceu alimentos e água aos bolsonaristas no quartel de Brasília; 'Eu deveria estar preso', disse em determinado momento

Foto: Ruber Couto/Agência Assembleia Notícias

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O deputado estadual bolsonarista Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) admitiu, no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que financiou parte dos acampamentos golpistas de onde saíram os terroristas que destruíram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de Janeiro.

Na tribuna, o deputado bolsonarista respondeu a uma declaração de Mauro Rubem (PT-GO), que questionou a origem dos financiamentos dos atos antidemocráticos. “O dinheiro não veio de fora”, disse ele. “Veio de gente que acredita nesta nação e que defende este país, mas não concorda com o governo corrupto e bandido”.

Amauri Ribeiro criticava, neste momento, a prisão do ex-comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), Benito Franco, em abril, durante a Operação Lesa Pátria

“A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender! Eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta porque sou patriota”, afirmou o parlamentar.

Veja o vídeo (1h37m30s):


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