CartaExpressa

Deputado pede abertura de CPI para investigar suposto gabinete paralelo no MEC

Rogerio Correia (PT-MG) argumenta que a conduta de Milton Ribeiro constitui crime e compromete as políticas educacionais

O pastor Milton Ribeiro. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

Diante de evidências da intermediação ilegal de verbas orçamentárias, com pagamento de suborno, no Ministério da Educação,  chega à Câmara dos Deputados o pedido de aberturas de uma de CPI para investigar o caso.

No requerimento, o deputado federal Rogerio Correia (PT-MG) argumenta que a conduta do ministro Milton Ribeiro, que disse privilegiar prefeituras parceiras dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, ligados à Assembleia de Deus, constitui crime e compromete as políticas educacionais.

“A confissão do Ministro deixa claro que não considera os critérios técnicos para a alocação dos recursos públicos, além de explicitamente beneficiar financeira e politicamente os interlocutores do Presidente e mesmo as igrejas como contrapartida ao atendimento das demandas dos prefeitos apresentadas pelos pastores”, grafa em um trecho.

O parlamentar aponta ainda que as denúncias acumuladas sobre o suposto gabinete paralelo seriam suficientes para caracterizar crime de responsabilidade por parte de Bolsonaro. “Pelo seu envolvimento direto no esquema, no mínimo em dar o comando diretivo ao Ministro da Educação”, acrescenta.

O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o suposto gabinete paralelo no MEC também foi protocolado pelo deputado federal Israel Batista (PV-DF), na terça-feira 22.

Para o processo ser aprovado, é preciso haver autorização do presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mediante 171 assinaturas de parlamentares.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar