Dino confirma cooperação internacional entre PF e EUA no caso das joias

Com novos depoimentos, há 'um adensamento de provas e indícios', segundo o ministro da Justiça

Bolsonaro e Michelle, que luta - sem sucesso - para reverter a rejeição do ex-capitão entre as mulheres. Foto: Alan Santos/PR

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou nesta quarta-feira 30 o diálogo entre a Polícia Federal e autoridades dos Estados Unidos no caso do suposto esquema de desvio de presentes oficiais durante o governo de Jair Bolsonaro. A cooperação internacional foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

“Eu não sei detalhadamente o conteúdo de colaboração internacional, mas há uma tratativa de cooperação com os Estados Unidos, porque há fluxos financeiros que aparentemente por lá transitaram”, afirmou Dino.

As contas na mira da PF são as de:

  • Jair Bolsonaro;
  • Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Mauro Lourena Cid, general e pai de Mauro Cid; e
  • Frederick Wassef, advogado que representou a família Bolsonaro em diversos processos.

No fim da semana passada, a PF intimou Bolsonaro, Cid e mais seis pessoas ligadas ao ex-presidente para depoimentos simultâneos nesta quinta-feira 31 sobre o caso das joias. Serão ouvidos também:

  • a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro;
  • Frederick Wassef;
  • o ex-secretário Fábio Wajngarten;
  • Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro;
  • Osmar Crivelatti, ex-assessor de Bolsonaro; e
  • Mauro Lourena Cid.

“Amanhã há novos depoimentos e com certeza a PF vai, com esses depoimentos, fornecer ao relator [Alexandre de Moraes] e ele vai tomar novas providências”, prosseguiu Dino. “No início você tinha um tema e uma linha de abordagem. A partir da exploração desse tema e dessa linha, nasceram outros temas e outras linhas. E, portanto, outras provas. Há, aparentemente, um adensamento de provas e indícios.

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