Dino vai à Justiça contra o cancelamento do Censo 2021

Ausência da pesquisa ameaça os princípios federativo e da eficiência, afirmou o governador do MA

O Governador do Maranhão, Flávio Dino. Foto: Lula Marques/Agência PT

Apoie Siga-nos no

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi às redes sociais nesta sexta-feira 23 para adiantar que o estado acionará a Justiça contra o cancelamento do Censo Demográfico 2021 por falta de recursos.

“Diante do descumprimento da Constituição pelo governo federal, com o cancelamento do Censo, já orientei a PGE do Maranhão a ingressar na Justiça. Há impactos em políticas sociais e na repartição das receitas tributárias, ameaçando os princípios federativo e da eficiência”, escreveu Dino.

 

 

O anúncio do cancelamento foi feito nesta sexta pelo secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues. “Não há previsão orçamentária para o Censo, portanto ele não se realizará em 2021”, afirmou em entrevista coletiva.


“As razões do adiamento foram colocadas no momento em que o Censo não teve os recursos alocados no processo orçamentário. Novas decisões sobre alocação e realização do Censo serão comunicadas”, acrescentou.

O valor previsto pelo IBGE para a realização do Censo era de 2 bilhões de reais. Em março, o Congresso Nacional reduziu drasticamente o montante, para apenas 71 milhões. Ao sancionar com vetos o texto aprovado pelos parlamentares, entretanto, o presidente Jair Bolsonaro cortou ainda mais a verba para o Censo: de 71 milhões para 53 milhões de reais.

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.