Donos de postos vendem gasolina a preço de custo em campanha para Bolsonaro, diz jornal

O objetivo seria potencializar os efeitos eleitoreiros de medidas aprovadas pelo Congresso Nacional

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Miguel Schincariol/AFP

Apoie Siga-nos no

Postos de combustíveis do Distrito Federal vendem gasolina a preço de custo, abrindo mão do lucro para tentar ampliar as chances de o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reeleger. A informação é do jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense.

O objetivo seria potencializar os efeitos eleitoreiros de medidas aprovadas pelo Congresso Nacional, como o limite sobre a cobrança do ICMS de combustíveis.

Empresários do setor relataram ao Correio Braziliense que haverá um choque de realidade após as eleições, quando os donos de postos deixarão de operar sem margem de lucro. Também avaliam que o movimento de apoio a Bolsonaro nos postos se estende a outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro.

A queda nos preços dos combustíveis, especialmente da gasolina e do etanol, teve peso decisivo no resultado do IPCA-15 de agosto, considerado uma prévia da inflação oficial. Os dados divulgados pelo IBGE apontam deflação de 0,73%.

A queda no grupo dos Transportes contribuiu com -1,15 ponto percentual no índice do mês. Apesar do recuo, os preços de Alimentação e Bebidas e Saúde e Cuidados Pessoais continuam a subir.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.