CartaExpressa

Duas em cada três investigações por assédio sexual terminam sem punição na administração pública

65,7% das investigações finalizadas acabam sem a indicação de punição ao agressor

PL 4.875/2020, aprovado no Senado nesta quarta, altera a Lei Maria da Penha. Foto: Freepik/Reprodução
Apoie Siga-nos no

Dois em cada três processos de investigação por assédio sexual na administração pública terminam sem punição. Os dados são da Controladoria Geral da União e foram enviados a pedido da Folha de S. Paulo.

Entre 2008 a junho de 2022 foram instaurados 905 processos para apurar situações de assédio. Destes, 633 foram concluídos e 272 ainda estão em andamento. Entre os finalizados, 432 ficaram sem punição, o que representa 65,7% do total. Os casos que chegaram à demissão do agressor são 95, à suspensão foram 90 e advertência totalizaram 41.

A soma das penalidades, incluindo os casos em que elas não foram aplicadas, é maior que o número total de casos, pois algumas apurações envolvem mais de um agente público.

Os dados da CGU referem-se a processos instaurados no âmbito da administração direta, como ministérios, universidades e agências reguladoras.

O caso da Caixa Econômica Federal que levou à saída do presidente Pedro Guimarães, por exemplo, não está contido na contagem.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar