‘É impressionante como o comunismo dá Ibope’, diz Moraes, ao criticar ataques à democracia

Ministro do STF fez declaração em evento do Tribunal de Contas de São Paulo

Foto: Reprodução

Apoie Siga-nos no

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que “comunismo dá Ibope” ao criticar a disseminação de informações falsas nas redes sociais, com fins de atacar a democracia. A declaração ocorreu nesta sexta-feira 6, no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Moraes atribuiu o “retorno do discurso de ódio” ao que chamou de “bolhas fanatizadas” e, na sequência, ironizou as menções ao comunismo. Segundo ele, a disseminação é influenciada pelo “algoritmo” das redes.

“É uma verdadeira lavagem cerebral. O algoritmo percebe o viés de interesse seu e, a partir disso, ele induz informações políticas”, declarou. “Coloca uma série de informações verdadeiras que constroem uma narrativa, uma conclusão falsa.”

“É impressionante como o comunismo dá Ibope, né?”, debochou Moraes, com referência ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, que mede a audiência de veículos de comunicação. “99% das pessoas que falam nem sabem o que é comunismo. 1% que sabe, sabe que não existe mais comunismo.”

Na ocasião, Moraes falava no II Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania, que teve início na quarta-feira 4 e encerramento nesta sexta. O ministro ficou responsável pela palestra final.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.