CartaExpressa
Eduardo Bolsonaro fracassa ao tentar aprovar moção de repúdio contra Lula na Câmara
Bolsonaristas alegavam suposta recusa do governo ao auxílio do Uruguai no socorro ao Rio Grande do Sul
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara rejeitou, nesta quarta-feira 22, uma moção de repúdio contra o presidente Lula (PT) apresentada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a moção se justificaria por uma suposta recusa do governo à doação de “avião, drones e embarcações” do Uruguai para ajudar nos trabalhos de socorro ao Rio Grande do Sul.
O governo Lula afirmou oficialmente não ter rejeitado a oferta de auxílio do Uruguai e informou em 8 de maio que um helicóptero emprestado pelo país vizinho já estava em operação no território gaúcho.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o Uruguai também ofereceu um modelo específico de avião que, devido às suas características, “não seria adequado para o tipo de operação exigida e a infraestrutura aeroportuária disponível”.
Na sessão desta quarta, deputados petistas também negaram a suposta recusa. “Não acho que alguém de fato acredite que, em uma tragédia desta, qualquer governo recusaria ajuda”, disse Arlindo Chinaglia (PT-SP). “É difícil acreditar que alguém acredite.”
A moção de repúdio foi rejeitada por 14 votos a 12.
Relacionadas
CartaExpressa
Lewandowski: Decisão do STF sobre a maconha aliviará a superlotação das prisões
Por CartaCapitalCartaExpressa
Noruega anuncia nova doação de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia
Por CartaCapitalCartaExpressa
Juscelino Filho será afastado do governo se Justiça aceitar denúncia da PF, diz Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Deputados aprovam regime de urgência para dois projetos de lei; veja quais
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.