CartaExpressa

Eduardo Bolsonaro volta a ameaçar: ‘Vai chegar uma hora em que ordens do STF não serão cumpridas’

‘A gente não tem medo de prisão. Agora, fazer isso, sem ter motivo?’, disse o filho do presidente

Foto: Reprodução/RedeTV
Apoie Siga-nos no

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tornou a fazer ameaças ao Estado Democrático de Direito. Em entrevista ao programa Agora com Lacombe, da RedeTV, o filho de Jair Bolsonaro afirmou que “vai chegar uma hora” em que ordens judiciais expedidas pelo Supremo Tribunal Federal “não serão mais cumpridas”.

“Ele [Jair Bolsonaro] tenta sempre agir dentro das quatro linhas da Constituição. Mas, ao que parece, não tem mais corda para você esticar. Qual seria o próximo passo? Prender o presidente? Prender um dos filhos? A gente não tem medo de prisão. Agora, fazer isso, sem ter motivo?”, disse Eduardo na última quinta-feira 19 ao criticar decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, como a que autorizou a prisão do presidente do PTB, o bolsonarista Roberto Jefferson.

“Prendem por fake news. Prendem por atos antidemocráticos. O que é um ato antidemocrático? Prendem por milícia virtual. Vai chegar uma hora em que essas ordens da mais alta Corte do judiciário nacional não vão ser cumpridas, infelizmente. Se continuar desse jeito”, afirmou ainda.

No programa, Eduardo Bolsonaro também insistiu na divulgação de fake news sobre o sistema eleitoral brasileiro. Ele disse ter “quase certeza de que o procedimento é fraudado” e sugeriu que os votos em urnas eletrônicas não seriam auditáveis – alegação que o TSE já desmentiu em diversas ocasiões.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar