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Em 2018, Bolsonaro prometeu ‘no máximo’ 15 ministérios; total deve chegar a 23

Com a provável recriação da pasta do Trabalho, o presidente se afasta cada vez mais de um dos motes de sua campanha

O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR
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O presidente Jair Bolsonaro prepara a recriação do Ministério do Trabalho, como parte de uma reforma ministerial planejada para a próxima semana. A ‘nova’ pasta deve ser ocupada por Onyx Lorenzoni, hoje à frente da Secretaria-Geral da Presidência.

O movimento contraria uma promessa de campanha de Bolsonaro em 2018. No início de outubro daquele ano, o então candidato ao Planalto pelo PSL disse que montaria em três semanas “um ministério enxuto, com no máximo 15 ministros, que possa representar os interesses da população, não de partidos”.

Ao contrário da promessa, a dança das cadeiras tem o protagonismo do Centrão. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) deve assumir a Casa Civil na vaga do general Luiz Eduardo Ramos, que, por sua vez, tende a ser deslocado para a Secretaria-Geral.

O ressurgimento do Ministério do Trabalho, se concretizado, levará a 23 o total de pastas no governo Bolsonaro, oito a mais do que o máximo anunciado há três anos. A medida representaria um enfraquecimento das atribuições do chefe da Economia, Paulo Guedes.

Nesta quarta-feira 21, o ministro confirmou que sua pasta passará por uma “reorganização interna”, a qual envolverá a área de “emprego e renda”. Segundo ele, as mudanças serão realizadas para “acelerar o ritmo de criação de empregos”.

A Economia, anunciada após as eleições de 2018 como um ‘superministério’, representou a fusão dos Ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e do Trabalho. Há uma secretaria especial de Previdência e Trabalho, hoje sob o comando de Bruno Bianco Leal.

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