A defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) contestou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral sobre a participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro no horário eleitoral gratuito do ex-capitão.
O caso envolve uma inserção sobre a transposição do Rio São Francisco. Michelle falou durante 30 segundos sobre a importância da ação, com foco no eleitorado feminino. Segundo a campanha bolsonarista, ela atuou como apresentadora, não apoiadora.
A representação ao TSE partiu da campanha do PT, de Lula, e foi seguida pelo MDB, de Simone Tebet. Os advogados argumentaram que “não há como se considerar que a presença da Sra. Michelle Bolsonaro na referida propaganda eleitoral seria apenas na condição de interlocutora ou narradora”, devido ao que ela representa na campanha do presidente.
As declarações de Michelle ocorreram após a repercussão da postura misógina de Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães e Simone Tebet durante o debate presidencial na TV Band.
Já a defesa de Bolsonaro diz, segundo documento revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo, que “não há exploração de prestígio pessoal de Michelle Bolsonaro, frise-se, mas tão-somente o exercício de sua liberdade de expressão, ao se divertir, graciosamente, a ser narradora de publicidade que difunde algo de que se orgulha”. Afirma ainda que a propaganda “não representa qualquer abuso ou infração legal, uma vez que está relacionado aos fatos e não aspira qualquer obrigação eletiva”.
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