O comandante militar do Sudeste, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, conclamou o Exército a respeitar o resultado da eleição que levou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. A declaração foi dada nesta quarta-feira 18, durante a cerimônia em homenagem aos militares mortos no Haiti.
Durante a solenidade, Paiva ainda afirmou que o papel da Força é “ser uma instituição de Estado, apolítica e apartidária” e defender a democracia.
“Também é o regime do povo. Alternância de poder. É o voto, e quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste”, afirmou.
Paiva já foi chefe de gabinete do ex-comandante do Exército, o general Villas Bôas. Esta é a primeira manifestação pública de um oficial da Força em defesa do processo eleitoral.
O comandante do Sudeste também rechaçou a adesão de militares a correntes políticas e disse que o Brasil passa “por um terremoto político”, estimulado por “ambiente virtual que não tem freio e que todos nós, hoje, somos escravos”.
“Ser militar é ser profissional, respeitar a hierarquia e a disciplina. É ser coeso, íntegro, ter espírito de corpo e defender a pátria. É ser uma instituição de Estado, apolítica e apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”, pontuou.
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