Empresas contratadas por Bia Kicis divulgam desinformação sobre voto impresso

Segundo o Globo, deputada usou verba parlamentar com empresas que produzem conteúdo que questiona as urnas eletrônicas

A deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF). Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Apoie Siga-nos no

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) teria contratado duas empresas para ajudar na divulgação de informações, algumas delas falsas, sobre uma possível volta do voto impresso nas eleições. A apuração é do jornal O Globo.

 

 

De acordo com o jornal, a parlamentar contratou, em janeiro, a empresa Inovatum Tecnologia da Informação, ao custo de 2 mil mensais, para gerenciar o grupo de telegram “VotoImpressoAuditável”.

Em dezembro, a deputada contratou por 4,5 mil reais mensais a Gohawk Tecnologia da Informação, responsável por criar uma página que permite o cadastro de apoiadores da iniciativa.


Ao todo, Kicis gastou 12, 5 mil reais da verba parlamentar para impulsionar a campanha.

Os conteúdos dos canais colocam em xeque a credibilidade do processo eletrônico, sem quaisquer evidências para tal.

Ao jornal, a deputada declarou que o contrato com a Inovatum foi assinado para um período de três meses, mas pode ser renovado automaticamente pelo prazo que a parlamentar julgar conveniente. Sobre as desinformações divulgadas no grupo, afirmou que a intenção é a de demonstrar que toda tecnologia é passível de falhas.

O projeto do voto impresso é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro e encontra eco entre seus apoiadores que, embora aventem vulnerabilidade do atual sistema, também não apresentam qualquer comprovação.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.