Prestes a lançar o livro “Os dias mais intensos – Uma história pessoal de Sergio Moro”, pela Editora Planeta, Rosangela Wolff Moro, casada com o ex-juiz e ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, expôs sua frustração com os rumos do governo federal.
“Acreditávamos que seriam novos tempos”, disse Rosângela Moro ao jornal O Globo. Questionada pelo jornal sobre a ‘esperança’ que ela tinha em um candidato conhecido pela defesa da ditadura militar e por frases preconceituosas, ela respondeu:
“Ninguém desconhecia essas falas mais acentuadas do candidato, mas, com ele sentado na cadeira de estadista, dividindo as responsabilidades com o corpo técnico de ministros e os próprios generais, acreditávamos que seriam novos tempos. Temos que voltar para 2018. Era o que tínhamos. Havia um candidato que o partido estava umbilicalmente ligado a um grande esquema de corrupção e um ‘outsider’ que vendia a bandeira do ‘chega da velha política e do toma lá, dá cá’. Isso se perdeu”, disse.
Segundo Rosângela Moro, “todo mundo já percebeu que não se pode discordar, ainda que tecnicamente, o que é saudável”. “Se você discorda, acaba sendo visto como inimigo número um. A saúde, para mim, é uma coisa muito cara. Eu me assustei muito com a Covid-19, não acho normal 1.400 pessoas morrerem em um único dia. Não dá para achar isso normal”, afirmou também, em referência a uma postagem nas redes sociais em que disse que, entre ciência e achismos, ficaria com a ciência.
Reprodução/Redes Sociais
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