O esquema de segurança para a posse do presidente eleito Lula (PT), no dia 1º de janeiro, será revisto, após a polícia prender um empresário bolsonarista suspeito de tentar explodir um caminhão de combustível em Brasília. A afirmação foi feita pelo futuro ministro da Justiça, Flavio Dino, que não detalhou os pontos que serão reavaliados.
“Estamos diante de fatos novos que ensejam o reforço da segurança, não no sentido de impedir qualquer dos eventos da posse, muito pelo contrário. Nós reafirmamos que a posse vai ocorrer com ampla participação popular tanto na Esplanada, quanto na parte cultural, porém estamos diante de terroristas que devem receber o tratamento que a lei manda e ao mesmo tempo essas medidas protetivas”, afirmou Dino em entrevista à Globo News nesta segunda-feira 26.
Após ser preso pela Polícia n o sábado 24, véspera de Natal, o empresário disse em depoimento que planejou com manifestantes do QG (Quartel General) no Exército a instalação de explosivos em pelo menos dois locais da capital federal para “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”, o que poderia “provocar a intervenção das Forças Armadas”.
Durante a entrevista, Dino cobrou a tomada de providências das forças federais para desmobilização do acampamento em Brasília ao longo desta semana para que a posse de Lula aconteça sem possíveis intervenções, e reafirmou que o governo eleito fará a desmobilização dos manifestantes e dará sequência às investigações para responsabilização dos envolvidos.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login