EUA precisam parar de incentivar a guerra e começar a falar em paz, diz Lula na China

'Somente quem não está defendendo a guerra é que pode criar uma comissão de países e discutir o fim dela', reforçou o presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado do presidente chinês Xi Jinping. Foto: Ken Ishii/POOL/AFP

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O presidente Lula voltou a defender na manhã deste sábado 15 na China (noite de sexta-feira no Brasil) a criação de um grupo de países não alinhados na disputa entre Rússia e Ucrânia para viabilizar o fim da guerra. Ele afirmou ter discutido o assunto com o presidente chinês, Xi Jinping, durante encontro em Pequim.

Lula declarou ter apresentado a sugestão, nos últimos meses, aos presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, além do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

“Somente quem não está defendendo a guerra é que pode criar uma comissão de países e discutir o fim dela. É preciso ter paciência para conversar com o presidente da Rússia e com o da Ucrânia, mas é preciso convencer os países que estão fornecendo armas e incentivando a guerra a pararem”, disse o petista.

Ele avaliou que a China tem “possivelmente o papel mais importante” nas negociações, mas reforçou que os Estados Unidos e a União Europeia “precisam parar de incentivar a guerra e começar a falar em paz”.  Só assim, prosseguiu Lula, será possível “convencer Putin e Zelensky de que a paz interessa a todo o mundo e a guerra, por enquanto, só está interessando aos dois”.

Lula já embarcou de Pequim para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, onde se reunirá neste sábado com o presidente e emir Mohammed bin Zayed Al Nahyan.

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