CartaExpressa
Ex-comandante da Rota será consultor de segurança na campanha de Boulos em São Paulo
Alexandre Gasparian chefiou a tropa de elite da Polícia Militar em 2015
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Boulos.jpg)
A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura da cidade de São Paulo terá participação direta de um ex-comandante do batalhão de choque Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), considerada a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP). Alexandre Gasparian, que chefiou a tropa em 2015, foi confirmado como consultor na área de segurança.
Em nota enviada a veículos de imprensa, a campanha de Boulos confirmou que Gasparian vai ajudar a construir o plano de governo na área da segurança, e afirmou que Gasparian é “defensor da vida e dos direitos humanos”.
“São Paulo precisa ter políticas públicas sérias e sem demagogia nessa área. Nosso programa de governo vai demonstrar que é possível tratar com seriedade do tema de segurança pública sem ficar refém do bolsonarismo”, reforçou a equipe de campanha do psolista.
O comunicado não cita os índices de letalidade em ações da companhias militar.
Em contato com o portal Metrópoles, Gasparian afirmou que decidiu entrar na campanha “por achar que a proposta do deputado Boulos era de uma política de segurança voltada aos direitos humanos e respeito ao cidadão”.
A confirmação acontece menos de duas semanas depois que o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), anunciou o Coronel Mello Araújo (PL), que também chefiou a Rota, a candidato a vice. Mello Araújo foi indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia Nunes.
Relacionadas
CartaExpressa
Projeto que aumenta a pena de crime cometido em saída temporária avança no Senado
Por CartaCapitalCartaExpressa
Haddad nega possibilidade de reduzir IOF para barrar alta do dólar
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF condena mais 2 envolvidos no 8 de Janeiro a 17 anos de prisão
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.