CartaExpressa
Ex-diretora da Americanas, que estava foragida em Portugal, desembarca no Brasil
Acordo com a Justiça revogou o mandado de prisão e permitiu que a executiva se entregasse espontaneamente à PF no Brasil
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/06/img20230905163910233MED.jpg)
Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora das Lojas Americanas, chegou ao Brasil, nesta segunda-feira 1º.
Ela embarcou de Lisboa na noite deste domingo 30, na companhia de dois advogados.
Considerada foragida pela Polícia Federal e incluída na lista da Interpol, a executiva firmou um acordo com a Justiça que permitiu a revogação da prisão mediante ao seu retorno ao País e entrega do passaporte à Polícia Federal.
A ex-diretora embarcou para Lisboa em 15 de junho, com uma passagem comprada horas antes.
Na sexta-feira 28, a Interpol prendeu, na Espanha, o ex-CEO da Americanas Miguel Gutierrez. Ele foi solto, no sábado 29, após a Justiça espanhola avaliar a necessidade da medida extrema.
Eles foram alvos de uma operação da PF que apura um escândalo bilionário na companhia. O grupo é investigado por fraudes nos balanços que podem somar até 25,3 milhões de reais.
Anna Saicali estava afastada da direção da Americanas desde 2023, após a divulgação da suspeita de fraude. Menos de um mês antes do anúncio das “inconsistências contábeis”, a diretora teria transferido para o filho cotas de uma empresa cujo patrimônio é avaliado em 13 milhões de reais.
Relacionadas
CartaExpressa
Fachin e Barroso ficarão responsáveis pelas decisões do STF durante recesso judiciário
Por CartaCapitalCartaExpressa
Governo deve fracionar reforma administrativa, diz Esther Dweck
Por CartaCapitalCartaExpressa
Petrobras encerra contrato com gigante dos fertilizantes Unigel
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.