CartaExpressa

Fachin mantém processo contra policial acusado de matar 4 colegas no Ceará; defesa alega insanidade mental

O Tribunal de Justiça do Ceará concluiu não haver dúvida razoável sobre o quadro mental do agente

Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou um pedido para suspender a ação penal em que um policial civil é acusado de matar a tiros quatro colegas na Delegacia Regional de Camocim (CE), em maio de 2023. A defesa pretendia abrir um procedimento para atestar a insanidade mental do agente e tirá-lo da prisão.

A decisão de Fachin foi assinada no último sábado 13.

O Superior Tribunal de Justiça determinou que a instauração de um incidente de insanidade dependeria da existência de dúvida razoável sobre o quadro mental do policial. O Tribunal de Justiça do Ceará, contudo, concluiu que os fatos não preenchem esse requisito.

Fachin ressaltou que o entendimento do STJ está em linha com a jurisprudência do Supremo de que seria necessário reexaminar provas para reverter a ordem do TJ-CE, algo incabível na análise de um habeas corpus.

O policial está preso em Sobral (CE). A defesa alegou nos autos que ele não teria condições de apresentar sua versão dos fatos, entender o que ocorre no processo ou definir estratégias com os advogados. O argumento é que ele sofreria de Transtorno Esquizoafetivo.

Após o crime, cometido em 14 de maio passado, o agente fugiu em uma viatura, mas abandonou o veículo e se entregou no quartel da Polícia Militar. Entre as vítimas, há três escrivães e um inspetor.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.