General afirma que sigilo sobre acesso dos filhos de Bolsonaro ao Planalto é ‘canalhice’

Paulo Chagas escreveu que 'é hora de mudar para algo melhor'

O vereador Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro seriam os principais envolvidos na operação do 'gabinete do ódio'. Foto: Reprodução/Facebook

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O general da reserva Paulo Chagas classificou como uma “canalhice” a decisão do governo de Jair Bolsonaro de impor um sigilo de 100 anos sobre informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto que estão em nome de Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.

 

 

“Os 100 anos de sigilo colocados sobre o porquê do ‘crachá’ de Carlos Bolsonaro no Palácio do Planalto nos revela que a canalhice está distribuída de forma equitativa por todos os ‘Poderes’ da pobre podre República de Pindorama! Muito triste… É hora de mudar para algo melhor”, escreveu Chagas nas redes sociais.

A Presidência da República confirmou à CPI da Covid a existência dos crachás. O sigilo, por sua vez, foi revelado neste sábado 31 pela revista Crusoé, que divulgou documento obtido pela Lei de Acesso à Informação encaminhado pela Secretaria-Geral da Presidência.


“As informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011”, diz trecho do ofício.

O artigo citado pelo governo diz que “as informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem”.

Veja o tweet do general:

 

 

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