CartaExpressa

Gilmar Mendes encerra ação penal contra Serra e anula quebra de sigilos

Segundo o ministro, a Justiça Federal em SP descumpriu uma decisão do STF que enviou o caso à Justiça Eleitoral

Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil Serra se torna réu. Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, anulou nesta quarta-feira 25 uma ação penal aberta contra o senador licenciado José Serra (PSDB-SP) por lavagem de dinheiro e corrupção.

Segundo o braço paulista da Lava Jato, o tucano teria recebido propina da Odebrecht no âmbito de uma negociação de contrato do governo de São Paulo para a construção do Rodoanel. O Ministério Público Federal e o Ministério Público Eleitoral apuraram suposto caixa 2 de 5 milhões de reais na campanha do tucano ao Senado em 2014.

Serra foi alvo de uma operação da Justiça Federal de São Paulo em julho de 2020, com participação do MPE. No despacho, Gilmar também anulou apreensões e quebras de sigilo. O ministro já havia decidido, em novembro do ano passado, que o caso é de competência da Justiça Eleitoral – esta, por sua vez, avaliou que não seria mais possível punir o político e declarou a extinção da punibilidade.

Ao acionar o STF, porém, a defesa de Serra alegou que o MPF em São Paulo incluiu fatos sob análise da Justiça Eleitoral em outra apuração, sob o guarda-chuva da Justiça Federal. Isso, segundo os advogados, violaria a decisão de Gilmar. O ministro concordou.

“Julgo procedente a presente reclamação para determinar o trancamento da ação penal, com a anulação da busca e apreensão e das demais medidas cautelares de quebra de sigilo bancário e fiscal deferidas nos autos do processo”, escreveu o ministro na decisão.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.