Gilmar: suspeição de Moro deve se estender a todos os processos contra Lula

Para o presidente da 2ª Turma do STF, o plenário também deve referendar anulação das condenações

Gilmar Mendes e Sergio Moro. Fotos: Nelson Jr./STF e José Cruz/Agência Brasil

Apoie Siga-nos no

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, declarou nesta segunda-feira 29 que a decisão da Corte de considerar suspeito o ex-juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá deve se estender aos outros casos do ex-presidente Lula. Mendes, entretanto, reforçou que isso não significa que o entendimento alcançará automaticamente outras pessoas.

“Nós só julgamos na Turma aquela primeira condenação, do triplex. Muito provavelmente isso pode ser estendido aos outros processos do ex-presidente, mas essa é uma questão que tem que ser analisada em cada caso. Eu não vejo essa abrangência vislumbrada pelo ministro Fachin”, declarou o ministro em entrevista ao jornal Valor Econômico. “Por outro lado, a questão da competência da Vara de Curitiba pode ter uma abrangência bastante vasta, mas isso tudo terá que ser considerado a seu tempo”.

Mendes também afirmou que a decisão do ministro Edson Fachin de anular todos os processos contra Lula na Lava Jato e de declarar a incompetência da Justiça Federal em Curitiba nos casos do petista deve ser referendada pelo plenário.

“Imagino que sim, porque é o relator que está encaminhando essa orientação, é ele quem se debruça sobre os processos. Além disso, há paradigmas no plenário de que só diziam respeito à Vara de Curitiba os processos que tivessem a ver com corrupção na Petrobras. Por isso o pleno, e também a Turma, tem tirado processos e afirmado a incompetência da 13ª”.

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.