CartaExpressa
Gleisi critica deputado do PT por postar foto com Pazuello: ‘Tudo tem limite’
Washington Quaquá afirmou a CartaCapital que ‘o diálogo é um artefato da democracia’
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quarta-feira 15 o deputado federal Washington Quaquá (RJ), vice-presidente nacional do partido, por publicar nas redes sociais uma foto com o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro (PL).
“Foto do nosso companheiro deputado Quaquá com bolsonarista Pazuello é desrespeitosa com o PT e ofensiva às vítimas da Covid. Na vida e na politica, tudo tem limites”, escreveu Gleisi nas redes.
Na terça 14, pouco depois de publicar a imagem, Quaquá disse a CartaCapital que “a democracia e a política são feitas de pontes, não de dinamites” e que “o diálogo é um artefato da democracia”.
Na legenda da foto, ele sustentou que o governo Lula tem a tarefa de “unir, pacificar e reconstruir o País” e disse ter “gostado muito” da conversa e do “tom civilizado” de Pazuello, general da reserva do Exército. “Quero inclusive com ele criar pontes de diálogo com os militares”, emendou.
Pouco depois, ante o recrudescimento das críticas, Quaquá gravou um vídeo no qual disse que “essa esquerda classe média pseudomoralista tem de aprender que a democracia é a discussão dos contrários”. Segundo ele, Pazuello deverá ter direito a um processo justo caso se torne alvo da Justiça.
“Vocês têm de aprender que é preciso tolerância, diálogo. Ao fascismo interessa a lacração, idiotice de xingamento para lá e para cá. À esquerda interessam o diálogo e o aprofundamento da democracia”, completou.
Relacionadas
CartaExpressa
Cremesp responde Moraes e diz estar cumprindo decisão sobre aborto legal
Por CartaCapitalCartaExpressa
Pacheco critica ataques ao STF após decisão sobre a maconha: ‘Vão trabalhar’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Mortes por enchentes do Rio Grande do Sul chegam a 179
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.