CartaExpressa

Governo Lula enviará ao Congresso projeto para tributar os fundos de super-ricos, diz Haddad

O ministro da Fazenda confirmou a apresentação do PL após uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira 19 que encaminhará ao Congresso Nacional um projeto de lei para tributar os fundos exclusivos, conhecidos como fundos dos super-ricos.

O fundo exclusivo é constituído por apenas uma pessoa, com uma carteira altamente personalizada. Não há incidência de imposto de renda nas movimentações internas e o recolhimento do tributo ocorre apenas no resgate dos recursos.

Haddad confirmou o envio da medida à Câmara dos Deputados após uma reunião com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em Brasília. O encontro serviu para “acertar a pauta do segundo semestre”, segundo o petista.

“Tem um conjunto de medidas que vão junto com o Orçamento e que não passam pelo Imposto de Renda de Pessoa Física”, afirmou o ministro. Questionado sobre a tributação dos fundos exclusivos, ele declarou que a matéria “deve ir como PL”.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou a editar, em 2017, uma medida provisória a instituir a cobrança de IR sobre os fundos exclusivos a cada seis meses. A MP, porém, enfrentou resistência no Congresso e perdeu a validade. À época, o governo estimava arrecadar mais de 10 bilhões de reais.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.