Guedes defende ‘licença’ para furar o teto em R$ 30 bilhões e viabilizar o Auxílio Brasil

'Estávamos estudando se faríamos uma sincronização de despesas e o teto de gastos. Isso seria uma antecipação da revisão do teto'

O ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta quarta-feira 20 que parte do Auxílio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família, tende a ser paga fora do teto de gastos. O benefício, segundo o governo, começará a ser disponibilizado em novembro, com um valor mínimo de 400 reais. Uma parcela desse montante será temporária, válida até o fim de 2022.

Em evento promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, Guedes avaliou que a gestão federal pode pedir um waiver (uma espécie de ‘licença’) de cerca de 30 bilhões de reais para furar o teto temporariamente.

“O compromisso fiscal continua. Estávamos estudando se faríamos uma sincronização de despesas e o teto de gastos. Isso seria uma antecipação da revisão do teto de gastos. Ou se mantém, mas por outro lado pede uma licença para gastar essa camada temporária de proteção”, disse o ministro.

“Como queremos aumentar a camada aos mais frágeis, pediríamos que isso viesse como um waiver para atenuar o impacto socioeconômico da pandemia. Estamos vendo se conseguimos compatibilizar isso”.

 


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