Haddad intensifica articulação para Câmara votar a PEC da Transição nesta terça

O futuro ministro da Fazenda afirmou que a decisão do STF contra o orçamento secreto não atrapalha a análise da proposta

O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Evaristo Sá/AFP

Apoie Siga-nos no

O futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) afirmou nesta segunda-feira 19 não haver motivo para a Câmara não votar nesta terça 20 a PEC da Transição. No início da noite, o petista se reuniu com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Segundo Haddad, a decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar inconstitucional o pagamento das emendas de relator, conhecidas como orçamento secreto, não impactará a análise da PEC.

“Amanhã, vamos falar com os líderes, explicar os conceitos da PEC e o que vamos fazer com o RP9 (nome técnico do orçamento secreto), que vai continuar no Orçamento, e definir a destinação desses recursos para melhorar as obras de infraestrutura e concluir obras que estão paradas”, disse o futuro ministro.

Mais cedo, Lira afirmou que a votação da PEC da Transição está mantida para esta terça, mesmo com a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que libera o Bolsa Família do teto de gastos em 2023.

A decisão de Gilmar abre caminho para Lula manter o programa social com a abertura de crédito extraordinário via Medida Provisória, sem a necessidade de aprovar a PEC no Congresso Nacional.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.