CartaExpressa

Haddad nega articulação para Galípolo assumir o Banco Central pós-Campos Neto

O secretário-executivo da Fazenda foi indicado nesta semana para a diretoria de política monetária da instituição

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galipolo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Presidente da Fiesp, Josué Christiano Gomes da Silva. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira 12 não ter discutido a possibilidade de o secretário-executivo do ministério, Gabriel Galípolo, assumir a presidência do Banco Central em 2025, após o mandato de Roberto Campos Neto.

Galípolo foi indicado nesta semana por Haddad para a diretoria de política monetária do BC, mas a escolha ainda depende da aprovação do Senado. Caso receba o aval, o economista substituirá Bruno Serra Fernandes, que deixou o posto recentemente.

“Não discuti com Galípolo a presidência do Banco Central. Até porque ele estabeleceu um diálogo profícuo com Roberto Campos Neto”, disse Haddad ao jornal O Estado de S.Paulo durante viagem ao Japão. “Nós vimos uma oportunidade de estimular o debate técnico, uma vez que o próprio mercado está dividido em torno da oportunidade imediata de começar ciclo de baixa de juros.”

A indicação de Galípolo acontece em meio à ofensiva do presidente Lula (PT) contra a política monetária do banco. O índice atual da Selic, de 13,75% ao ano, tem desagradado lideranças do governo federal e de setores da indústria.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.