Haddad nega possibilidade de reduzir IOF para barrar alta do dólar

A reunião desta quarta com o presidente Lula será 'exclusivamente sobre agenda fiscal', segundo o ministro da Fazenda

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Diogo Zacarias/MF

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rejeitou nesta terça-feira 2 a possibilidade de reduzir o IOF sobre o câmbio a fim de conter a alta do dólar. Por volta das 12h, a moeda norte-americana subia 0,31%, cotada a 5,67 reais.

Haddad se reunirá nesta quarta 3 com o presidente Lula (PT), em Brasília.

“Nossa agenda com o presidente amanhã é exclusivamente sobre agenda fiscal. Não sei de onde saiu esse rumor”, disse o ministro a jornalistas. “Estamos trabalhando com uma agenda eminentemente fiscal com o presidente, para apresentar a ele propostas para cumprimento do arcabouço em 24, 25 e 26.”

IOF é uma sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Trata-se de um tributo federal a alcançar pessoas físicas e empresas, incidindo sobre operações que envolvem crédito, câmbio, seguros e títulos mobiliários.

Questionado sobre as medidas para tentar frear a subida do dólar, Haddad defendeu “acertar a comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central quanto em relação ao arcabouço fiscal”.

“Lula elogiou o arcabouço fiscal, elogiou a autonomia do BC e é nessa linha que nós vamos despachar com ele amanhã”, prosseguiu. “Esses rumores, sinceramente, eu penso que são de gente interessada. Eu não sei de onde saem essas questões. Não é normal.”


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