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Haddad se reúne com o Papa Francisco e defende a taxação de super-ricos

Na viagem, o petista também se encontrou com os ministros da Economia da Itália e da Espanha

O ministro Fernando Haddad e o Papa Francisco em audiência no Vaticano, em 6 de junho de 2024. Foto: Servizio Fotografico/Vatican Media
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reuniu nesta quinta-feira 6, no Vaticano, com o Papa Francisco. No encontro, que durou cerca de 25 minutos, o petista voltou a defender um imposto global sobre grandes fortunas.

Haddad presenteou o pontífice com uma cuia e uma bomba para chimarrão, em referência ao estado de calamidade no Rio Grande do Sul.

Na viagem, o ministro ainda se encontrou com os chefes da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, e da Espanha, Carlos Cuerpo. Também participou de uma conferência sobre a dívida de países do Sul Global organizada pela Universidade de Columbia e pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais.

O Brasil, que ocupa a presidência do G20, defende taxar os super-ricos. A tributação de até 2% dos rendimentos das maiores fortunas do planeta é considerada uma oportunidade de reduzir a desigualdade social e combater os efeitos das mudanças climáticas.

Recentemente, Haddad afirmou que a proposta tem obtido a adesão de diversos países. Um dos autores da ideia, o economista francês Gabriel Zucman informou recentemente que a taxação dos super-ricos afetaria apenas 3 mil indivíduos em todo o planeta, dos quais cerca de 100 na América Latina. Em contrapartida, teria potencial de arrecadar cerca de 250 bilhões de dólares por ano.

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