CartaExpressa
Jovem Pan demite Augusto Nunes, Caio Copolla, Guilherme Fiúza e Guga Noblat
Mais cedo, a emissora publicou um editorial reconhecendo a vitória de Lula sobre Bolsonaro
Um dia após a vitória de Lula (PT), a Jovem Pan anunciou a demissão de quatro de seus colaboradores: Caio Copolla, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes e Guga Noblat.
Fiúza e Nunes faziam parte de Os Pingos nos Is, o principal programa da emissora. Já Copolla mantinha participações no canal pago JP News.
Noblat também anunciou o seu desligamento esta tarde. O comentarista do programa Morning Show disse que estava afastado há uma semana. “Acabo de ser comunicado que estou fora da Jovem Pan por não ter defendido a rádio na história da censura”, escreveu em suas redes.
A emissora alegou sofrer censura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após decisões obrigarem o canal a dar direito de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por declarações falsas ou distorcidas feitas por comentaristas do canal.
Acabo de ser comunicado que estou fora da Jovem Pan por não ter defendido a rádio na história da censura. Estava desde a semana passada afastado e agora é definitivo.
— GugaNoblat (@GugaNoblat) October 31, 2022
A emissora divulgou um comunicado oficial sobre a saída de Augusto Nunes, contratado em 2016. “Os termos e detalhes do deslinde não serão objetos de comentários por conta de o contrato de origem estar acobertado e protegido por cláusula de sigilo e confidencialidade.”
Mais cedo, a emissora publicou um editorial reconhecendo a vitória de Lula e pedindo, nas entrelinhas, que Bolsonaro também se manifeste pela legitimidade do pleito. Os políticos não foram citados diretamente.
Relacionadas
CartaExpressa
Noruega anuncia nova doação de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia
Por CartaCapitalCartaExpressa
Juscelino Filho será afastado do governo se Justiça aceitar denúncia da PF, diz Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Em meio a debate fiscal, Banco Central publica meme sobre ‘gastar sem poder’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Dino nega pedido de habeas corpus de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.