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Justiça Militar absolve PM que pisou o pescoço de uma mulher negra em São Paulo
Para o Ministério Público, o soldado João Paulo Servato cometeu os crimes de lesão corporal, abuso de autoridade, falsidade ideológica e inobservância de regulamento
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A Justiça Militar de São Paulo absolveu o soldado João Paulo Servato que foi filmado pisando no pescoço de uma mulher negra durante abordagem em Parelheiros, na zona sul de São Paulo. O cabo Ricardo de Morais Lopes, parceiro do soldado Servato na ocorrência, também foi absolvido.
O Ministério Público de São Paulo sustentava que Servato havia cometido quatro crimes: lesão corporal, abuso de autoridade, falsidade ideológica e inobservância de regulamento. A denúncia contra o cabo Lopes apontava os crimes de falsidade ideológica e inobservância de regulamento.
No entanto, durante o julgamento os policiais foram absolvidos por três votos favoráveis e dois contra, após votação de um conselho de sentença formado por um juiz civil e quatro oficiais da PM.
O caso aconteceu no dia 30 de maio de 2020 e foi revelado por uma matéria do Fantástico. A vítima, uma comerciante, tinha 59 anos à época. O advogado que representa a vítima, Felipe Morandini, afirmou que vai recorrer da sentença.
Uma nova audiência foi marcada pela Justiça Militar para o dia 30 onde deve acontecer a leitura e publicação da sentença com base na votação.
Policial pisa no pescoço de mulher negra e a arrasta em SP.
“Quanto mais eu me debatia, mais ele apertava a botina no meu pescoço”, diz a vítima.
Ação truculenta é cotidiano nas periferias brasileiras. Todo dia temos um George Floyd. Até quando? #VidasNegrasImportam pic.twitter.com/NXuep9TT1p
— Erika Kokay (@erikakokay) July 13, 2020
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