A Polícia Federal suspeita que duas empresas do casal apontado como entregador de dinheiro supostamente desviado no caso dos kits de robótica pagaram um apartamento para Luciano Cavalcante, o principal auxiliar do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
No início do mês, Luciano foi alvo da operação Hefesto, que apura indícios de irregularidades em contratos para kit de robótica bancados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE. Lira o demitiu em seguida.
Segundo informações da PF obtidas pela Folha de S. Paulo, as empresas PJX Administração e Exclusiva Tecnologia teriam repassado ao menos 150 mil para a empresa Promenade Ponta Verde II Empreendimentos, entre 1º de junho de 2022 e 23 de maio de 2023.
Ambas as empresas estão em nome de Pedro Magno – flagrado, ao lado de sua esposa, Juliana, em saques e entregas de dinheiro supostamente desviado.
A Promenade seria responsável, indica a PF, pela construção de um edifício em Alagoas com apartamentos de dois quartos, com tamanho de 52 m² e preço a partir de 318 mil reais.
Este é o segundo imóvel que levanta suspeitas da PF. Antes, a investigação descobriu que o empresário Edmundo Catunda repassou R$ 550 mil à empresa que construiu a casa em que mora Luciano Cavalcante. Catunda é um dos sócios da Megalic, empresa que ganhou os contratos do kit de robótica sob suspeita de desvios de dinheiro público.
Desde o início da operação, na semana passada, a defesa de Luciano Cavalcante sustenta que ele não tem ligação com o caso. Arthur Lira também se pronunciou sobre as investigações, afirmando que “cada um é responsável pelo seu CPF nesta terra e neste país”. A Megalic, por sua vez, disse que “as aquisições foram precedidas de processo licitatório legal e com ampla competitividade”.
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