CartaExpressa

Liberar porte de 25g de maconha tiraria 42 mil pessoas da prisão, aponta Ipea

Proposta poderia levar a uma redução de custo de R$ 1,3 bilhão por ano ao Estado

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Se o porte de até 25 gramas de maconha não fosse considerado crime, mais de 42 mil pessoas não estariam presas no Brasil. Os dados constam no Atlas da Violência 2024, que foi produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A tese que pode liberar o porte de maconha para uso pessoal vem sendo debatida no Supremo Tribunal Federal (STF). Na última terça-feira 25, a Corte formou maioria para tratar o porte da droga como algo ilícito, mas sem natureza penal.

Segundo o estudo, o número total de pessoas que não estariam no sistema prisional, caso portar a quantidade mencionada fosse considerado apenas uso pessoal – e não tráfico – é de 42.631.

Além disso, a eventual liberação dos mais de 40 mil presos poderia representar uma economia de 1,3 bilhão de reais para o Estado. 

Se, por sua vez, o limite passasse a 100 gramas de maconha e 15 gramas de cocaína, cerca de 67 mil pessoas não estariam presas, o que representaria uma redução de custos de cerca de 2,1 bilhões de reais.

De acordo o Sistema de Informação do Departamento Penitenciário Nacional (Sisdepen), a população carcerária do País soma cerca de 840 mil pessoas. Elas estão presas em unidades estaduais e federais, assim como em prisões domiciliares.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar