O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou nesta quarta-feira 27 a inclusão de deputados no relatório da CPI da Covid, produzido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) e aprovado por sete dos onze membros titulares da comissão.
“Para mim é motivo de grande indignação, como presidente da Câmara e como cidadão brasileiro, tomar conhecimento das conclusões encaminhadas pelo relator da CPI”, afirmou Lira. “É inaceitável a proposta de indiciamento dos deputados desta Casa no relatório daquela comissão instituída com a finalidade de apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia.”
Eis os deputados que constam do relatório da CPI:
- Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara
- Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro
- Bia Kicis (PSL-DF)
- Carla Zambelli (PSL-SP)
- Osmar Terra (MDB-RS)
- Carlos Jordy (PSL-RJ)
O relatório atribui aos seis deputados a prática de incitação ao crime. Barros ainda é citado por advocacia administrativa, enquanto Terra é acusado por epidemia culposa com resultado de morte.
“Estou tratando da imunidade dos parlamentares por sua opinião e por seus votos como dimensão ampliada dessa mesma liberdade”, acrescentou Lira. “O parlamentar, seja ele qual for, de que partido for, de que ideologia for, deve gozar da mais ampla liberdade de expressão.”
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