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Luis Miranda rebate declarações de fiscal da Covaxin à CPI da Covid
Regina Célia afirmou que autorizou a continuidade do contrato atendo somente à quantidade de doses e não à empresa mencionada
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O deputado Luis Miranda (DEM) rebateu as declarações da servidora Regina Célia Silva Oliveira, que depõe à CPI da Covid nesta terça-feira 6, de que não teria ligação direta com a continuidade do contrato em nome da empresa Madison Biotech para a compra da vacina indiana Covaxin,
“Não entendi. Até o Governo afirma que foi aceita a 3ª empresa e que essa senhora autorizou seguir com o contrato e pagar a empresa terceira. Agora ela diz que a Invoice não foi aceita. Quem não aceitou? Os irmãos MIRANDA, que denunciaram ao PR no dia 20/03. The End”, escreveu o parlamentar em suas redes sociais.
Não entendi… até o Governo afirma que foi aceita a 3ª empresa e que essa Senhora autorizou seguir com o contrato e pagar a empresa terceira. Agora ela diz que a Invoice não foi aceita. Quem não aceitou? Os irmãos MIRANDA, que denunciaram ao PR no dia 20/03. The End pic.twitter.com/pTZbUPCDwW
— Luis Miranda USA (@LuisMirandaUSA) July 6, 2021
No depoimento, a servidora afirmou que autorizou a continuidade do contrato, no dia 22 de março, atendo somente à quantidade de doses e não à empresa mencionada. O contrato de compra foi firmado entre a fabricante indiana, Bharat Bointech, e sua representante no Brasil, Precisa Medicamentos.
Ainda à CPI, a servidora afirmou não ser comum a presença de empresas terceiras em negociações de compras de vacina.
Ela admitiu que o contrato da compra do imunizante ficou um mês sem fiscal. O documento para aquisição de 20 milhões de doses da vacina foi fechado no dia 25 de fevereiro, e Regina só foi designada como fiscal do acordo no dia 22 de março, dois dias após o deputado Luis Miranda e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, apontarem irregularidades na transação ao presidente Jair Bolsonaro.
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