CartaExpressa

Lula defende eliminar assentos permanentes de países mais industrializados no Conselho da OIT

‘Como nós, os países em desenvolvimento do Sul Global, poderemos participar em condições de igualdade nesse debate?’, questionou o petista na Suíça

O presidente Lula durante 112ª Conferência Internacional do Trabalho. Créditos: Ricardo Stuckert / PR
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) afirmou, nesta quinta-feira 13, durante participação na 112ª Conferência Internacional do Trabalho, que o Brasil trabalhará pela ratificação de uma emenda à Constituição da Organização Internacional do Trabalho a fim de eliminar os assentos permanentes dos países mais industrializados no Conselho da entidade.

“Não faz sentido apelar aos países em desenvolvimento para que contribuam para a resolução das crises que o mundo enfrenta hoje sem que estejam devidamente representados nos órgãos de governança global”, avaliou o petista em Genebra, na Suíça.

Lula citou como exemplo o Comitê Olímpico Internacional e disse que alguns pequenos países europeus têm mais delegados no órgão do que todo o continente africano.

“Ora, se as instituições estão sendo cooptadas por poucos, como nós, os países em desenvolvimento do Sul Global, poderemos participar em condições de igualdade nesse debate?”, questionou. “Nossas decisões só terão legitimidade e eficácia se tomadas e implementadas democraticamente. Cada país tem direito a um voto, independente de sua riqueza, de seu PIB ou seu tamanho.”

O presidente defendeu a estratégia como um passo essencial para garantir o desenvolvimento sustentável e os direitos dos mais vulneráveis.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.