Lula prepara lei para garantir salários iguais entre homens e mulheres na mesma função

A legislação já prevê a medida, mas abre brechas para empregadores descumprirem as regras

Agência Brasil/Antonio Cruz

Apoie Siga-nos no

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu apresentar na semana que vem um projeto de lei para garantir que homens e mulheres tenham salários iguais caso exerçam a mesma função. A declaração foi concedida durante a cerimônia de reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, nesta terça-feira 28.

“Finalmente, agora no Dia das Mulheres [8 de março], a gente vai apresentar definitivamente a tal da lei que vai garantir que a mulher receba o salário igual ao do homem se ela exercer a mesma função do homem”, disse Lula, que atribuiu à Justiça do Trabalho o dever de fiscalizar e punir quem descumprir a lei.

Atualmente, a legislação trabalhista já prevê que homens e mulheres ganhem o mesmo salário caso desempenhem as mesmas funções, mas abre brechas para empregadores descumprirem a regra – mediante, por exemplo, planos de cargos e salários.

Durante o evento no Palácio do Planalto, Lula não detalhou o texto da proposta, que deverá ser analisado pelo Congresso Nacional. Segundo o presidente, trata-se de um esforço para mostrar soluções efetivas nos primeiros 100 dias de mandato.

“Vamos completar 100 dias no governo e precisamos apresentar ao Brasil o que vamos fazer de verdade nesses próximos quatro anos. Precisamos fazer mais coisa, com mais rapidez, competência e mais resultado. Não há tempo para ficar brincando de governar.”

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.