CartaExpressa

Lula revoga portaria de Bolsonaro que impedia homenagem a personalidades negras vivas

A decisão foi assinada pelo presidente da entidade, João Jorge Rodrigues, que definiu a medida como um ato de respeito

Foto: EVARISTO SA / AFP
Apoie Siga-nos no

O governo Lula revogou nesta quarta-feira 5 uma portaria do governo de Jair Bolsonaro que proibia a Fundação Palmares de prestar homenagem em seu site a personalidade negras vivas – ou seja, as menções só poderiam ser póstumas.

A revogação foi assinada pelo presidente da instituição, João Jorge Rodrigues, que definiu a medida como um ato de respeito.

“A missão da Fundação Cultural Palmares é de divulgar a cultura afro-brasileira em toda a sociedade e ter o nome de diversas personalidades que marcaram e continuam marcando a cultura negra é o mínimo que podemos fazer”, destacou. “É uma honra homenageá-los.”

O ato suspende a portaria 189, que tratava das diretrizes para a seleção das personalidades notáveis negras, nacionais ou estrangeiras, a serem divulgadas no site da fundação.

Desde a proibição, o governo Bolsonaro retirou homenagens a 27 personalidades, como a escritora Conceição Evaristo, os cantores Gilberto Gil e Martinho da Vila e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A Fundação Palmares informou que a próxima portaria será definida por um grupo de trabalho com integrantes da instituição.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.