CartaExpressa
Lula volta a defender criação de moeda única para os Brics
Para o presidente, moeda comum para transação entre os países membros reduziria a vulnerabilidade do bloco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira 23, a criação de uma moeda para transações entre os países membros do Brics – o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A declaração ocorreu durante o seu discurso na abertura da reunião do grupo, que acontece em Joanesburgo, na África do Sul.
“A criação de uma moeda para as transações comerciais e de investimento entre os membros do Brics aumentam as nossas opções de pagamento e reduzem nossas vulnerabilidades”, afirmou o presidente.
Para além da tentativa de fortalecimento do Brics, a criação de uma moeda única para o bloco teria como objetivo reduzir a dependência dos países-membros ao dólar. Algo, aliás, que já foi admitido por Lula.
O dólar norte-americano é, há décadas, o principal instrumento de reserva global de valor. Moedas únicas para blocos econômicos, porém, não são novidade: países europeus que fazem parte da União Europeia (UE), por exemplo, adotam o euro desde 2002. Outro exemplo de moeda única é o Franco CFA, que foi estabelecida nos anos 1940 e vale para negociações feitas entre mais de dez países africanos.
Relacionadas
CartaExpressa
Noruega anuncia nova doação de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia
Por CartaCapitalCartaExpressa
Juscelino Filho será afastado do governo se Justiça aceitar denúncia da PF, diz Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Em meio a debate fiscal, Banco Central publica meme sobre ‘gastar sem poder’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Eleitores de São Paulo avaliam governo Lula em nova rodada da Paraná Pesquisas; veja os resultados
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.