CartaExpressa

Maia quer candidato para ‘derrotar pressão do governo na Câmara’

Presidente da Casa, no entanto, ainda não anuncia apoio a qualquer nome na disputa

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou nesta quinta-feira 10 cravar seu apoio a algum candidato à sua sucessão no comando da Casa. A eleição acontece em fevereiro do ano que vem e, até aqui, tem como único candidato formal o deputado Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Minha preferência pessoal é irrelevante. É a minha preferência de quem mantém um bloco de pé. Se eu tivesse que escolher de dentro daquilo que me interessa mais do ponto de vista meu, seria escolher alguém do DEM”, disse Maia em entrevista coletiva, lembrando que um dos possíveis candidatos é o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA).

Maia ainda tentou tirar o peso de sua influência sobre a escolha de um candidato de oposição a Lira. “Pré-candidatos todos se reuniram na residência da Câmara sem minha presença e decidiram fazer um bloco para depois escolher um candidato. Todos estão no bloco, menos Marcos Pereira [Republicanos-SP]. Gostaria que ele estivesse no bloco e que fosse uma das alternativas nossas”, completou.

Ele ainda disse que seu objetivo é manter a “independência” da Câmara. “Preferência é de quem consegue manter de pé um projeto para derrotar essa pressão, essa pata do governo dentro da Câmara dos Deputados, que vai ser muito ruim para a democracia”, completou Maia.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.