CartaExpressa
Maioria dos brasileiros é a favor de taxação maior para grandes fortunas, aponta pesquisa Ipsos
Brasil lidera a tentativa de cercar os super-ricos em discussão no G20
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/09/real_moedadinheiro_jfcrz_abr_1701220046_1.jpeg)
A maioria dos brasileiros é a favor da taxação das fortunas dos ‘super-ricos’. O dado consta em uma pesquisa da empresa Ipsos, divulgada nesta segunda-feira 24.
Segundo o levantamento, 69% dos entrevistados disseram que deve haver uma taxação maior para as grandes fortunas. O percentual, aliás, é semelhante à média dos países do G20, que é de 68%.
Por outro lado, 13% dos brasileiros disseram discordar ou tendem a discordar da ideia de que as pessoas ricas devem pagar mais impostos sobre suas riquezas. Outros 15% se mantiveram neutros. Já 3% não souberam responder.
No caso brasileiro, não apenas o desejo majoritário é para que os ricos paguem mais tributos, mas para que as grandes empresas paguem mais impostos.
Segundo o levantamento, 69% afirmaram que empresas grandes devem pagar mais tributos. Outros 11% discordam da ideia, ao passo que 17% se mantiveram neutros.
Os números sobre o Brasil fazem parte de um estudo global da Ipsos, que ouviu 22 mil participantes em 22 países. As pesquisas, realizadas de modo online, aconteceram entre 5 março e 8 de abril.
O Brasil, importante lembrar, lidera uma iniciativa em discussão no G20, que pretende impor um cerco global aos bilionários. A ideia é que super-ricos passem a pagar mais impostos, com vistas a reduzir a desigualdade social.
A iniciativa é apoiada, entre outros países, pela França. O tema está em discussão no colegiado que reúne os chefes das 20 maiores economias globais.
Relacionadas
CartaExpressa
Governo deve fracionar reforma administrativa, diz Esther Dweck
Por CartaCapitalCartaExpressa
Petrobras encerra contrato com gigante dos fertilizantes Unigel
Por CartaCapitalCartaExpressa
Equatorial Energia é a única a apresentar proposta e fica com 15% da Sabesp
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.