CartaExpressa
Mendonça é sorteado para relatar ação de PT e PSOL contra a privatização da Sabesp
Entregar a empresa de saneamento à iniciativa privada é uma obsessão do governador Tarcísio de Freitas
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/10/53220939420_60c40f26bb_k.jpg)
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, foi sorteado relator de uma ação protocolada pelo PT e pelo PSOL contra a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, uma obsessão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Segundo os partidos, um decreto de Tarcísio que pode facilitar a concessão da empresa fere a Constituição. O dispositivo questionado estabelece novos poderes para os conselhos deliberativos das Unidades Regionais de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário.
A avaliação das legendas é que o decreto “usurpa” a competência de prefeituras de decidir sobre interesses locais e viola princípios de autonomia dos municípios.
“Vê-se que a divisão do território de São Paulo nas URAE possui a única conexão a Sabesp e a não escondida intenção de privatizá-la”, escrevem os partidos. “A não justificada ou permitida usurpação das competências e autonomias municipais tem servido para interesses não de todos os municípios, mas em razão de interesses de capitalização e viabilização de uma eventual futura venda da empresa de saneamento paulista.”
Desde o início desta terça, funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp promovem uma greve unificada para reivindicar melhores condições de trabalho e contestar a privatização dos serviços. Eles denunciam que transferir o controle do poder público para a iniciativa privada tende a encarecer tarifas e piorar a qualidade dos serviços.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes cassa decisão e manda CNJ investigar juiz que condenou a União por ‘erro’ do STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes dá duas horas para redes sociais excluírem novos perfis de Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lewandowski: Decisão do STF sobre a maconha aliviará a superlotação das prisões
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Censor-geral da República’: a brincadeira de Toffoli com Moraes em julgamento no STF
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.