CartaExpressa
Mensalão foi a primeira grande fake news do Brasil, diz Dirceu
Ex-ministro afirmou que sua condenação no processo do mensalão foi política
O ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT), classificou o mensalão como “a primeira grande fake news do Brasil”. Segundo Dirceu, sua condenação foi política e ele merece voltar ao Congresso Nacional.
“Nos autos do Supremo não há como não há provas nenhuma que eu era responsável por nada. Quer dizer, eu fui condenado porque eu deveria saber. Eu tinha que saber. Aquilo foi uma condenação política para me tirar da vida política nacional“, disse em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Band, que vai ao ar neste domingo 7.
“A primeira grande fake news do Brasil foi o mensalão. Não o caixa 2 na campanha eleitoral, mas sim a ideia, a história que existiu, o que eu era responsável”, afirmou.
Dirceu chegou a ser condenado a uma pena de 7 anos e 11 meses de prisão por causa do mensalão. Em 2014, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu absolver do crime de formação de quadrilha. Já em maio de 2024, o STF extinguiu a pena por corrupção passiva imposta ao ex-ministro pela Lava Jato.
Uma das figuras históricas do PT, Dirceu defendeu ainda seu direito de se candidatar à uma vaga no Congresso. A expectativa é que Dirceu decida sobre a candidatura já no ano que vem.
“Até por justiça, acho que eu mereço voltar ao Congresso Nacional. Eu fui cassado. Eu fui cassado ‘por ter sido chefe de mensalão’. Já o Roberto Jefferson foi cassado porque não provou que existia mensalão”, completou o político.
Relacionadas
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.