O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou nesta segunda-feira 8 o sigilo do caso das joias recebidas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Agora, a Procuradoria-Geral da República tem 15 dias para apresentar uma denúncia, arquivar a investigação ou solicitar mais provas à Polícia Federal.
Moraes avaliou que, com a apresentação do relatório da PF, na semana passada, não há motivo para manter o sigilo.
A PF indiciou Bolsonaro pelos seguintes crimes:
associação criminosa: quando três ou mais pessoas se associam para o fim específico de cometer crimes. Pena: reclusão de um a três anos.
peculato: quando um funcionário público se apropria de dinheiro ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou o desvia, em proveito próprio ou alheio. Pena: reclusão de dois a doze anos.
lavagem de dinheiro: consiste em ocultar ou dissimular natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. Pena: reclusão de três a dez anos e multa.
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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