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Moraes dá 4 horas para PF e PRF explicarem operações com fins eleitorais

Ontem, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, disse ter recebido denúncias de que a PF e PRF estariam sendo utilizadas pelo governo com ‘objetivo eleitoral’

Reação. Moraes quer mais poderes para barrar a desinformação na campanha - Imagem: Marcelo Camargo/ABR
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, deu o prazo de 4 horas para que os diretores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal expliquem as últimas operações deflagradas pelas corporações no segundo turno com o intuito de, supostamente, combater crimes eleitorais.

Na decisão, Moraes pede que as corporações sejam notificadas por meio eletrônico em razão do prazo curto, já que o segundo turno das eleições acontece neste domingo 30. “Há notícias de iniciativas que podem ter influência no pleito eleitoral, sendo, portanto, de competência desse TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL fiscalizar a lisura dos procedimentos de maneira que não se altere a paridade nas eleições”, escreveu o ministro.

A determinação do ministro atende a uma representação feita pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), que apontou um suposto uso político das forças para prejudicar a campanha de Lula (PT).

Ontem, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, disse ter recebido denúncias de que a PF e PRF estariam sendo utilizadas pelo governo com “objetivo eleitoral”. “Diante de quem nunca hesitou em usar o Estado contra adversários, estamos pedindo providências ao TSE, em nome da lisura da eleição”, escreveu.

A petição apresentada pelo PT ao TSE cita reportagens que indicariam a atuação das corporações com fins políticos-eleitorais, entre elas uma notícia da coluna Mônica Bergamo, da Folha, a respeito de informações que a PF poderia deflagrar uma nova operação contra aliados de Lula às vésperas do segundo turno.

“As diversas notícias recentes, dando conta de um suposto aparelhamento da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal, em ações concertadas para beneficiar o candidato Bolsonaro, adquire contornos deveras sensíveis, notadamente em vista dos anúncios públicos a respeito da realização de operações em regiões historicamente favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, diz um trecho da petição protocolada pela coligação petista.

Na decisão, Moraes também determina que a PRF “colabore com a Justiça Eleitoral no sentido de efetivar as garantias necessárias do pleno transporte público aos eleitores”.

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