CartaExpressa
Moraes libera blogueiro bolsonarista, mas mantém ordem de prisão de Zé Trovão
O caminhoneiro fugiu para o México a fim de escapar da prisão e é considerado foragido
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2021/09/Sem-Título-24-2.jpg)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, manteve nesta terça-feira 21 a ordem de prisão preventiva do caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão. Também nesta terça, revogou o pedido de prisão do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio.
Ao justificar a necessidade de prender Zé Trovão, que fugiu para o México e é considerado foragido, Moraes escreveu que “a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a fuga do distrito da culpa constitui fundamento idôneo para a manutenção da prisão preventiva, não só para a garantia da ordem pública, mas também para assegurar a aplicação da lei penal”.
“Aliás, além da fuga do distrito da culpa, há notícias de que Marcos Antônio Pereira Gomes solicitou asilo político ao Governo do México, com nítido objetivo de burlar a aplicação da lei penal, o que indica, nos termos já assinalados, a necessidade de manutenção da decretação de sua prisão preventiva”, disse ainda Moraes.
Ao reverter o mandado de prisão de Oswaldo Eustáquio, expedido em 5 de setembro, o magistrado argumentou que, “em razão da passagem do feriado de 7 de setembro, não estão mais presentes os requisitos fáticos necessários à manutenção da decretação da prisão preventiva”.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes dá duas horas para redes sociais excluírem novos perfis de Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lewandowski: Decisão do STF sobre a maconha aliviará a superlotação das prisões
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Censor-geral da República’: a brincadeira de Toffoli com Moraes em julgamento no STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Liberar porte de 25g de maconha tiraria 42 mil pessoas da prisão, aponta Ipea
Por André LucenaApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.