O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou pedidos para revogar a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A decisão, assinada em 25 de junho e mantida sob sigilo, foi revelada nesta quinta-feira 29 pela TV Globo.
Cid está preso desde o início de maio, acusado de participar de um esquema de falsificação de dados de cartões de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Ele é suspeito de organizar e operar as alterações, a incluírem os cartões de Bolsonaro e da sua filha Laura.
O tenente-coronel prestará nesta sexta-feira 30 um novo depoimento à Polícia Federal, relacionado às investigações sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro. Conversas encontradas pela PF no celular de Cid revelam que o coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército, pressionava o então ajudante de ordens de Bolsonaro a convencê-lo a “dar a ordem” para que as Forças Armadas tomassem o poder, no final de 2022.
Segundo Moraes, Cid poderia, em liberdade, “obstar a produção probatória, em especial, em face da possibilidade de destruição/ocultação de provas, bem como com eventual comunicação com outros investigações que surgiram ao longo da produção probatória realizada pela Polícia Federal”.
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