CartaExpressa
Moraes prorroga inquérito contra Bolsonaro por live com mentiras sobre a vacina
A apuração contra o ex-capitão por associar o imunizante com a o risco de desenvolver Aids ganha novo fôlego
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou o inquérito que investiga a transmissão ao vivo feita por Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais em que ele associava as vacinas da Covid-19 ao risco de desenvolver Aids. A teoria divulgada por Bolsonaro é mentirosa e não tem qualquer respaldo científico.
Com a decisão de Moraes, que acatou um pedido da Polícia Federal, a apuração contra o ex-capitão ganha novo fôlego e deve durar mais 60 dias. O presidente passou a ser investigado após um pedido da CPI da Covid no Senado. Na ocasião, parlamentares integrantes da comissão acusaram Bolsonaro de cometer crimes de epidemia e infringir medida sanitária.
A live alvo do inquérito já foi retirada do ar pelas principais redes sociais. A mentira espalhada por Bolsonaro feria as políticas de empresas como Youtube, Google, Facebook, Instagram e Twitter. Apesar da violação ser uma reincidência, as empresas não retiraram do ar as páginas do ex-capitão.
Vale lembrar ainda que o inquérito contra o presidente, que foi aberto no início de dezembro, já havia sido prorrogado por Moraes em abril deste ano. Naquele mês, a decisão também seguiu um pedido da Polícia Federal. O despacho sobre o novo prazo foi assinado na última semana, mas divulgado na noite desta segunda-feira 13.
moraes-inquerito-bolsonaro-vacina-9-jun-2022
Relacionadas
CartaExpressa
Argentina avisa Itamaraty sobre viagem de Milei a SC; não haverá encontro com Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Raí relembra Bolsonaro em discurso contra a ultradireita na França: ‘Vivemos um pesadelo’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Recusa a aborto legal foi ‘momentânea’, diz prefeitura de SP ao STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Caso Marielle: Moraes nega pedido de advogados e mantém irmãos Brazão e Rivaldo na prisão
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.